O Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – PDRS, conhecido como Projeto São José – PSJ, é um projeto do Governo do Estado do Ceará, gerenciado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário – SDA com recursos do estado e financiamento do Banco Mundial.

Vem desde 2012, apoiando Organizações da Agricultura Familiar, incluindo grupos prioritários (quilombolas, indígenas, mulheres e jovens) no acesso a mercados, promovendo, através da identificação de compradores dos setores privado e público, melhorias na gestão, na base produtiva e na organização para o mercado organizados através de ferramentas disponibilizadas pelo Projeto, tais como a formulação e implementação de Planos de Negócios e Planos de Desenvolvimento Comunitário, como parte de Subprojetos, para que possam ser atendidos os requisitos do mercado e melhorado os resultados econômicos para a Organização e para a suas bases produtivas.

O PDRS/PSJ, considerando a variabilidade do clima e a escassez de água, dedica atenção especial no aumento da capacidade para gerenciar potenciais impactos da mudança climática sobre os agroecossistemas, promovendo tecnologias e práticas agrícolas e de gestão de recursos que tenham demonstrado efeitos mais marcantes sobre a sustentabilidade e a efetividade em áreas rurais do semiárido e que estejam bem adaptadas às condições agroclimáticas do estado.

Os Planos de Negócio a serem financiados devem observar as principais cadeias produtivas no contexto territorial em que estão inseridas, assim como identificar as oportunidades e demandas nos segmentos mais dinâmicos e que poderão alavancar as atividades produtivas desenvolvidas pelas Organizações da Agricultura Familiar e agricultores associados.

Objetivos


1. Fortalecer a Agricultura Familiar apoiando atividades produtivas, sustentáveis, inovadoras e inclusivas; 2. Ampliar acesso à água e saneamento em áreas prioritárias contribuindo com as ações do Estado para sua universalização; 3. Fortalecer institucionalmente parceiros estratégicos e a gestão do Projeto.

Finalidades dos projetos implantados

Estratégia e Fortalecimento

De 2012 a 2019, foram apoiados 267 projetos em diversos setores, como casa de farinha, casa de mel, cultivos em sequeiro, cultivos irrigados, entreposto de mel, entreposto de pesca e melhoria do sistema de produção. Em 2021, mais 290 organizações da agricultura familiar foram selecionadas, abrangendo ovinocaprinocultura, fruticultura irrigada, apicultura, olericultura, mandiocultura, avicultura, artesanato, entre outros. Além disso, o Projeto selecionou 284 jovens para empreendimentos agrícolas e não agrícolas no meio rural, como fruticultura, olericultura, meliponicultura, apicultura, artesanato, criação de aplicativos e gráfica.

Ações
psj iv

  1. Adoção de tecnologias ambientalmente sustentáveis e socialmente inclusivas;
  2. Incentivo a tecnologias de convivência com o semiárido;
  3. Estimulo ao associativismo e o cooperativismo;
  4. Participação em Feiras, rodadas de negócio;
  5. Marketing dos Produtos.

Juventudes rurais

Para inserir as juventudes rurais em atividades produtivas e estimular o protagonismo juvenil, foram establecidas ações estratégicas de inclusão social de jovens na vida econômica, política, social e cultural nos territórios de abrangência do Projeto. As ações estão organizadas em três linhas: 

1. Suporte à vida produtiva | 2. Formação e qualificação | 3. Participação social. 

Eles e elas são beneficiários/as prioritários para atividades de treinamento profissional, principalmente para ocupar funções na gestão de organizações da agricultura familiar poiadas pelo Projeto São José.

Um dos desafios do Projeto São José é promover ações de desenvolvimento rural sustentável, pensando seus projetos com um olhar especial para os sujeitos (homens e mulheres). E não podemos pensar sucessão rural e desenvolvimento sustentável sem a inserção dos jovens nesse processo. Nesse sentido, o Projeto São José tem promovido ações de fortalecimento e protagonismo das juventudes rurais, nas suas diversidades (homens, mulheres, agricultoras, quilombolas, indígenas, LGBTQIA+, ribeirinhas, pescadoras, artesãs, outras). Sem juventudes não há Sucessão Rural e Desenvolvimento Sustentável no campo.

Protagonismo das juventudes

É uma imensa alegria ser uma jovem beneficiária do Projeto São José Jovem. Após quase 6 anos empreendendo no meio rural e sendo resiliente, reinventando-me todos os dias, tudo começou em uma casinha de taipa. Cuidei das minhas plantas ornamentais e produzi mudas para levar ao campo, levando um pedacinho da natureza através de jarros e o sonho de produzir alimentos agroecológicos.

Sabrina Santos @flordosertaoce

Olá! Sou Pâmela, tenho 28 anos, dois filhos e sou uma jovem apicultora e agricultora do município de Parambu/ce. Há 11 anos minha família mora em Fortaleza, mas eu moro hoje no distrito de Miranda e junto com meu esposo a gente se vira para sustentar nossa família. Nessa caminha pela apicultura, me associei a COAMPPP, participei de projetos e recebi 7 caixas de abelhas e foi onde tudo começou. Foi aí que conheci o São José Jovem e vi mais uma oportunidade de implementar meu negócio. Graças a Deus fui selecionada!

Pâmela Pedrosa @melp_amela

Mulheres rurais

O Projeto São José tem desempenhado um papel fundamental na valorização e empoderamento das mulheres do campo, proporcionando-lhes oportunidades de crescimento e desenvolvimento. Desenvolvemos duas ferramentas inovadoras para oferecer às mulheres uma nova visão sobre sua posição no mercado e no desenvolvimento econômico das regiões rurais do estado.

O Diário do Tempo, a primeira ferramenta desenvolvida, possibilita a visibilidade das mulheres reconhecerem seu processo produtivo através da contagem de tempo e de como é possível dinamizar suas ações, tornando-as assim mais assertivas. No sentido de promover uma reflexão sobre sua inclusão no processo de trabalho. O preenchimento da ferramenta envolvendo técnicos do projeto São José e as agricultoras, possibilitará o acompanhamento da produção das mulheres beneficiadas pelo processo de democratização do acesso a água do Estado do Ceará.

O Fazendo as Contas, a segunda ferramenta desenvolvida, é um instrumento pedagógico e metodológico para auxiliar a produtora rural no registro e na comercialização dos seus produtos, tendo a oportunidade de gerenciar e verificar o potencial de melhoramento das suas vendas. Assim como, identificar a cadeia produtiva a que essa agricultora está inserida, o mercado em que é viabilizada a comercialização dos seus produtos, o valor apurado nas vendas e a gestão do seu empreendimento. O Fazendo as Contas possibilita a visibilidade das mulheres proporcionando gestão em vendas, fortalecendo a inclusão da mulher rural de forma comercial e inclusão no processo de trabalho. 

Hoje temos outra visão da nossa colocação na sociedade, do nosso valor na parte financeira e familiar.
Um momento especial
para todas nós!
Lucineide
Comunidade Guajiru
Eu peguei o Fazendo as Contas como um desafio muito prazeroso, pois através dela eu terei a possibilidade de ter um controle sobre as minhas vendas.
Ana Paula
Paracuru
A fim de formular políticas públicas efetivas, é imperativo que nos envolvamos na escuta atenta das histórias dos indivíduos diretamente afetados pela ação.
Fernanda
Consultora

Cooperativas

Terra Conquistada é a marca dos produtos da Reforma Agrária no Ceará.  As Cooperativas envolvidas são: CCA CEARÁ – COOPERASC – COOPERAMEL – COOPERAMUNS – COOPALC
COOPRANORTE

ORGANIZAÇÕES COM POTENCIAL PRODUTIVO E DE COMERCIALIZAÇÃO APOIADAS PELO PROJETO SÃO JOSÉ (36)

COOP. SERTANEJA CEARENSE FAPE • COOP. DE PROD AGROP. AGUIA DE ASSENTAMENTO SANTANA LTDA • COOP. REGIONAL DOS ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA DO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ • COOP. DA AGRICULTURA FAMILIAR E ECONOMIA SOLIDARIA DO ESTADO DO CEARÁ • COOP. DE PROD DA AGRICULTURA FAMILIAR E BIOCOMBUSTIVEL DO ESTADO DO CEARÁ – COOPERBIO • COOP. AGROP. DOS AGRICULTORES FAMILIARES DE SANTANA DO ACARAÚ • COOP. AGROP. DOS PRODUTORES ORGANICOS DA IBIAPABA • COOP. DOS AGRICULTORES FAMILIARES ASSENTADOS DE IRAUÇUBA COOPAFIC • FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS DE TABULEIRO DO NORTE • COOP. AGROP. DO TRAIRI LTDA • COOP. AGROPASTORIL DE TABULEIRO DO NORTE LTDA • COOP. DE PRODUCAO AGROP. E SERVIÇOS SANTA BÁRBARA COPASB • COOP. DA AGRICULTURA FAMILIAR DE OCARA COOAF • COOP. AGROINDUSTRIAL DE AROEIRA VILANY LTDA • ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES ASSENTADOS DO SÍTIO MALHADA • ASSOCIAÇÃO DOS APICULTORES DE CARIÚS • ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA MENINO JESUS DE PRAGA • COOP. AGROINDUSTRIAL ZÉ LOURENÇO LTDA • COOP. AGROINDUSTRIAL DOS PEQUENOS PRODUTORES DO SÍTIO MALHADA • COOP. DE PESCA, AGRICULTURA E AQUICULTURA MARINHA DE ICAPUÍ LTDA • COOP. AGROECOLÓGICA DA AGRICULTURA FAMILIAR DO CAMINHO DE ASSIS • COOP. AGROINDUSTRIAL DO ASSENTAMENTO CHEGUEVARA LTDA • CENTRAL DE COOP. COPACAJU • COOPERATIVA DOS APICULTORES DA REGIÃO DO SEMIÁRIDO LTDA •  ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DOS AGRICULTORES E AGRICULTORAS RURAIS DO SÍTIO JUREMA NORTE • ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DO VALE DO SÃO BENTO • ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA FILHAS DE SANTA LUZIA • ASSOC. COMUNITÁRIA DOS SÍTIOS SANTO ELIAS E SANTO AMARO.

Avaliações positivas do Banco Mundial para o Projeto São José | JUN-23

"Queremos ir além do que foi feito até agora para atingir ainda mais jovens, apoiar mais as comunidades e também como podemos ajudar outros públicos vulneráveis, como ações dedicadas às mulheres, por exemplo."
Marie Paviot
Coordenadora do Banco Mundial de
implementação do Projeto São José